Compulsão Alimentar e Comer Emocional
Compulsão alimentar e fome emocional podem soar semelhantes, mas são patologias diferentes, mesmo que ambas estejam relacionadas com problemas psicológicos e emocionais.
Compulsão alimentar é uma doença mental onde há necessidade de comer durante todo tempo, mesmo não sentindo fome, fazendo assim com que a pessoa coma em excesso e em pouco tempo já que não há controle do que e do quanto come.
Geralmente, as causas da compulsão alimentar tem relação com dietas rigorosas, estresse, problemas com a própria imagem, problemas emocionais graves, traumas do passado ou conforto emocional.
Já os principais sintomas na compulsão alimentar são comer rápido e em excesso, introversão, comer escondido e sem ter fome, sentir culpa ou tristeza após comer e/ou apresentar problemas afetivos e outros vícios.
O tratamento para compulsão alimentar é multidisciplinar, envolve psiquiatras, nutricionistas, psicologias e outros profissionais, se necessário. Primeiro é preciso trabalhar em conjunto a mente e o corpo para haver resultados positivos ao decorrer do tratamento, fazendo assim de extrema importância o acompanhamento de um psiquiatra em conjunto com os demais profissionais da saúde.
Além de uma reeducação alimentar, também pode ser necessária a prescrição de alguns medicamentos e a introdução da prática de atividades físicas gradualmente. É sempre importante pontuar que a compulsão alimentar é um problema sério que necessita de tratamento já que pode desencadear doenças graves como obesidade, diabetes, hipertensão e gastrite, dentre outros.
Já a fome emocional é o famoso “comer suas emoções”, é uma fuga para aliviar determinadas emoções do cotidiano como tristeza, frustração, angústia, tédio e ansiedade. Tem como causa diversos fatores emocionais que funcionam como um gatilho para a pessoa se alimentar, ainda que não haja fome.
Diferentemente da fome física, a fome emocional é caracterizada por comer para aliviar estresse ou sentimentos ruins, comer como comemoração ou recompensa, descontrole, fome repentina diante de alguma situação difícil, sentir prazer ou alívio no momento de comer e sentir culpa e arrependimento após comer.
É importante discernir o que é fome física de fome emocional. Na fome física, o corpo indica que devemos comer por sinais, como o ronco do estômago, dores de cabeça e fraqueza, já na fome emocional, não temos sinais físicos, mas sim desejos, vontades e ansiedade de comer, mesmo sem ter fome e/ou ter passado um período muito curto desde a última refeição.
Como dito anteriormente, a fome emocional difere de compulsão alimentar, no entanto, ela pode ser um gatilho para tornar-se um transtorno compulsivo. Em determinadas situações, comer por emoção ou em excesso é normal, mas quando ultrapassa o limite e passa a ser constante e incontrolável, trata-se de um problema de saúde mental e física.
A compulsão alimentar é uma consequência da fome emocional não tratada e que se continuar sem tratamento adequado pode desencadear transtornos graves como a bulimia que é quando se ingere alimentos de forma compulsiva e depois provoca o vômito ou até a anorexia caracterizada por jejuns prolongados e a prática de atividades física de modo exagerado.
Ambas compulsões são causadas por fatores emocionais, por isso é tão fundamental tomar consciência e buscar ajuda profissional no combate aos transtornos alimentares. Uma ação multidisciplinar que envolve médicos, psicoterapeutas e nutricionistas é fundamental para resgatar o equilíbrio, tanto da saúde física como da saúde emocional.